Eu, sinceramente, não tenho nem mais inspiração para escrever. Talvez esteja cansado ou talvez não. Quem sabe este estado seja transitório. Espero que seja. Pela primeira vez, vejo-me fragmentado. E olhe que sempre me achei completo, tão seguro de mim mesmo.
Simplesmente não consigo escrever mais neste espaço. Há uma parte de mim que pulsa por escrever sobre algo, mas há outra que me bloqueia os pensamentos e fico vazio. É, fico assim, oco, sem nada a falar. Estou vagueando pelo meu interior...e deixo-me fluir em vários seres em busca de finitude. O problema é que encontro vários "Ítalos" em meu interior. O que quer ser grande, o que é sem ambição, o que gosta de Jazz e MPB e o que ouve Eletropop... Alguns sobrepõem-se a outros, mas estão em constante guerra.
Vejo que as palavras e pensamentos me fogem...E parecem não voltar, pelo menos não hoje, não neste momento. Sinto-me tentado a acabar o texto, porém quero continuar também. Não sei mais o que escrever...somente o meu vazio.
acordei me sentindo assim hoje
ResponderExcluirSei como são essas almas inesgotáveis que não conseguem ter uma única versão de si mesma. É mais ou menos querer ser feliz intensamente, mas do que qualquer um e, por isso, seguir outro caminho. Porém, nunca se tem a certeza que este caminho seguido é o da Felicidade, já que queremos fugir da "Outra Felicidade" dos outros comuns. Sabemos que a "Felicidade" deles é falsa, mas mesmo assim não conseguimos seguir a nossa Felicidade por achar, talvez, que só a felicidade deles a é verdadeira...
ResponderExcluirSer unico e Leve é difícil. É Deliciosamente satânico...
A completude sempre me pareceu ilusão. Como seres que se quer sabem de onde vieram, o que fazem aqui e pra onde vão possam se sentir completos? Somos e seremos seres faltantes, ocos, incríveis caixinhas de nada. Há dias que essa constatação dá um tapa na nossa vaidade, nos fragiliza, nos mostra o que somos.
ResponderExcluirE como diria Drummond:
" Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços
que rio e danço e invento exclamações alegres
porque a ausência, essa ausência assimilada
ninguém a rouba mais de mim. "
Belo blog!
ResponderExcluirAbraços,
Antonio Nahud Júnior
www.cinzasdiamantes.blogspot.com